domingo, 22 de setembro de 2013
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
Escolha do Microcontrolador
Uma vez que
o hardware do projeto está praticamente todo desenvolvido, está na hora de
começarmos a desenvolver o software.
Para o
nosso projeto, necessitamos de um microcontrolador que atenda às seguintes
características:
- Tenha pelo menos um pino destinado à um canal para conversor analógico digital;
- 6 pinos destinados ao LCD, sendo 4 para dados e 2 para controle;
- I/Os livres para ser usados em aplicações (como acionamento de uma carga, led, etc) .
A família
escolhida foi a do PIC, comercializada pelo fabricante Microchip.
Esta
escolha foi particular, uma vez que os integrantes do grupo já tinham certa
experiência com o desenvolvimento de projetos utilizando este microcontrolador.
Para
atender todos os pré requisitos acima, escolhemos o microcontrolador PIC16F877a.
Figura 1 - Vista do encapsulamento de um PIC16F877a
Figura 2 - Vista da pinagem de um PIC16F877a
Microprocessadores e Microcontroladores
Breve histórico dos Microprocessadores e
Microcontroladores
A história
do microcontrolador surgiu em 1969, quando a empresa japonesa BUSICON iniciou
um projeto para uma calculadora eletrônica. À procura de Marcian Hoff da Intel
Corporation, a empresa enviou aos EUA um grupo de engenheiros a fim de formarem
pesquisas para este projeto. Marcian, que já atuava no ramo da informática,
ficou fascinado com a ideia, e então propôs desenvolver um chip que, não fosse
aplicado somente à calculadora, mas sim a qualquer projeto que pudesse ser programável.
Rapidamente,
a Intel Corporation comprou a licença da empresa japonesa, e em 1971 lançou o
seu primeiro processador de 4 bits, cujo nome era 4004.Em abril de 1972, dando
continuidade à seu projeto, a Intel anuncia seu primeiro processador de 8 bits,
o 8008. A ideia era muito boa para permanecer apenas na Intel e logo aparecem
os concorrentes, sendo a primeira a Motorola Corporation, seguido da MOS
Technology, que sofre um processo da Motorola Corporation, ficando assim,
impossibilitada de vender um de seus processadores.
A partir de
então, outras empresas começaram a comercializar também alguns processadores,
uns mais rápidos e mais baratos que outros, dando assim, o chute inicial para a
criação dos microprocessadores.
O que é um microcontrolador?
Basicamente,
podemos adotar como definição de um microcontrolador um circuito integrado “inteligente”,
onde podemos fazer a programação dizendo o que ele deve fazer.
Do que é formado um microcontrolador?
Um microcontrolador é formado de milhares, bilhares, ou até mesmo trilhares componentes eletrônicos, como: porta lógicas, transistores, diodos, entre outros. O tamanho de todos os componentes dentro dele estão na ordem de nano metros, ou seja, impossível a ver à olho nu.
Qual a diferença entre Microcontroladores e Microprocessadores?
A diferença
entre um microcontrolador e um microprocessador é que, para usar um
microprocessador, precisamos de outros componentes adicionais, como memória e
componentes para receber e enviar dados. Já o microcontrolador foi projetado
para ter todas estas funcionalidades num único componente.
Referências
Bibliográficas: CERNE, “A história e as
diferenças entre um microcontrolador e um microprocessador”. Disponível em
< http://www.cerne-tec.com.br/Artigo3_Historia.pdf >
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
LCD – Display de Cristal Líquido
Assim como
as calculadoras, aparelhos telefônicos fixos, entre outros dispositivos, o
nosso projeto contará com um display de LCD. Mas, primeiramente, o que é um
display LCD?
Um display
de cristal líquido (em inglês liquid
crystal display) consiste em um painel fino, com a finalidade de exibir
informações via eletrônica.
O LCD é definido como um líquido polarizador de luz, eletricamente
controlado. Este líquido encontra-se comprimido dentro de celas entre duas
lâminas polarizadoras. Os eixos que polarizam estas duas lâminas são alinhados
perpendicularmente entre si. Cada cela contém contatos elétricos que permitem
que um campo elétrico possa ser aplicado no líquido interior.
Podemos destacar inúmeras vantagens na utilização de um display LCD.
Listamos as principais e mais aplicáveis abaixo:
- Cansam menos a vista
- Consomem pouca energia
- São muito baratos
- Sua aplicação é feita de forma simples
Abaixo, podemos
ver como é um display LCD fisicamente, como é um display na teoria e sua
pinagem:
Figura 1 - Display LDC - Visão Real
Figura 1 - Display LDC - Visão Teórica
Tabela 1 - Definição dos Pinos do LCD
Onde:
- Os pinos 1,2 e 3 são usados para alimentação do display
- Os pinos 4,5 e 6 são usados como para controle;
- Os pinos de 7 à 14 são usados como para transmissão de dados dados;
- Os Pinos 15 e 16 servem como alimentação do Backlight, mais conhecido como luz de fundo (encontramos no mercado modelos sem esta função).
Estamos
usando como exemplo um display 16x2, ou seja, 16 colunas e duas linhas.Vale
lembrar que este é apenas um modelo dos inúmeros que existem no mercado. Mas,
para o nosso projeto, ele atende à todos requisitos.
Podemos
usar também outros modelos de LCD, como os listados abaixo:
Tabela 2 - Demais LCD's
Fluxograma – Organizando Ideias e Passos para a Programação
Para a fase
inicial, a programação do nosso projeto terá esta arquitetura. Abaixo, segue uma breve explicação deste fluxograma.
- Começamos com as conhecidas “cinco linhas mágicas”, destinadas à configuração do Microcontrolador. Nela, definimos quem será o nosso PIC utilizado, valor do clock entre outras definições.
- Após isto, eu preciso mostrar ao meu microcontrolador quais dos seus ports serão saídas e entradas.
- Configuramos o nosso conversor ADC. A configuração do conversor ADC varia para cada fabricante e modelo.
- Chegamos a parte de configuração e inicialização do display LCD. A configuração é feita de forma automática, pois alguns fabricantes disponibilizam rotinas para pré configuração do LCD, afim de economizar tempo. Para nós, resta fazer a inicialização, aplicando estas rotinas, gerando alguns comandos para o display.
- Chegamos ao "looping infinito", a nossa função main. Nela, rodará o nosso programa de fato.
- Então, enviamos a mensagem de inicialização do LCD
- Lemos os valores obtidos no conversor ADC, e guardamos em uma variável qualquer
- Nesta hora, entra a lógica de conversão, ou seja, para cada valor que eu obter no ADC, eu terei um X valor de tensão, e um Y valor de temperatura.
- Após isto, basta imprimirmos o valor encontrado no display de LCD.
Este é o escopo base da programação. Com ele, podemos implementar inúmeras aplicações, por exemplo, acionar o ar condicionado quando a temperatura estiver acima de um valor pré estabelecido.
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
Conversor Analógico Digital - O que é?
Desde os
primórdios da humanidade, vivemos em um mundo analógico. Os nossos sentidos (tato,
olfato, audição, paladar e visão) são obtidos de forma analógica. E todas as
grandezas físicas que encontramos no nosso curso de Engenharia Elétrica (como
tensão e corrente) são grandezas do tipo analógicas. Logo, podemos concluir que
tudo à nossa volta funciona de forma analógica.
Entretanto,
os sistemas informatizados (que podemos encontrar nos computadores e outros
sistemas informatizados no geral, ou até mesmo nos sinais de TV, que
antigamente eram distribuídos apenas de forma analógica, e hoje estão migrando
para trabalhar apenas na forma digital) trabalham de forma digital.
Para
fazermos a unificação dos mundos, precisamos compreender e saber aplicar os
processos de um conversor analógico, mais conhecidos como conversores ADCs.
Basicamente,
estes conversores processam o sinal analógico de forma que, um número binário
equivalente possa representar este mesmo valor. Por exemplo, se trabalharmos
com um conversor de 8 bits, conseguimos obter uma faixa de valor de 0 à 255 (2^8 = 256,
lembrando que 0 também representa um valor). Ou seja, teremos 256 steps ou posições
referentes ao nosso valor de entrada.
Na prática,
ficaria assim: Temos que fazer a conversão de um sinal de 0v a 5v. O valor
binário 00000000 representa o valor analógico de 0v (0, em decimal). Logo, o
valor binário 11111111(255 em decimal) representa o valor analógico de 5v.
A resolução do
valor retornado pode ser calculada pela seguinte fórmula:
Resolução = Vref/2^n
Onde:
Vref – É a tentão
de entrada do circuito.
N = número de
bits do conversor AD adotado.
Ou seja, quanto maior
o numero de bits, maior será a minha resolução.
Abaixo podemos
ver um exemplo da forma de onda de um circuito digital (trabalhando apenas com
valores de 0 ou 1) e da forma de onda de um sinal analógico (trabalhando com
quaisquer valores). As duas formas de onda estão em função do tempo.
terça-feira, 17 de setembro de 2013
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Lista de Componentes
Com a teoria apresentada em mente, bem como os
conhecimentos adquiridos até o momento, é possível determinar o layout do
circuito elétrico do projeto, bem como a definição dos componentes e seus
respectivos valores.
Lista de Componentes
- 01 Transformador 127 / 24 V;
- 04 diodos 1N4003
- 01 Capacitor 1,4mF;
- 01 regulador de tensão 7824;
- 01 regulador de tensão 7805;
- 02 dissipadores e cooler (7824 e 7805);
- 02 capacitores 1,5μF;
- 01 chave liga/desliga;
- 01 fusível (1A);
- 01 resistor 2k2Ω;
- 01 led vermelho;
- 01 resistor 92,16 Ω;
- 02 resistores 100 Ω;
- 01 termoresistência tipo PT100;
- microcontrolador (ainda não definido);
- display LCD;
quarta-feira, 11 de setembro de 2013
Definição e cálculo de componentes (Parte 3 de 3)
Ponte de Wheatstone (resistor 92,16Ω, resistores
100 Ω, termoresistência tipo PT100). Uma vez que com a Ponte de Wheatstone é possível
medir a variação de resistência do PT100, e por sua vez a variação de
temperatura, o resistor 92,16 foi determinado como sendo a menor resistência possível
no PT100, o que equivale a uma temperatura de -20ºC. Caso houvesse a
necessidade de medir toda a faixa negativa (-200ºC), o valor deste resistor
deveria ser de 18,52 Ω. Mas para o projeto, o grupo determinou utilizar um
range um pouco menor, visto que seria difícil demostrar, na prática, o circuito
medindo uma temperatura de -200ºC.
Quanto aos resitores de 100 Ω, o cálculo realizado
foi (apresentado na teoria de Ponte de Wheatstone):
V = ((R4/R4+R2) – (R3/R1+R3)) * Vs
Onde:
V = tensão lida na Ponte de Wheastone [V];
R4 = R3 = resistores da “parte inferior” da Ponte
de Wheastone [Ω];
R2 = resistor “simétrico” ao PT 100 (determinado em
92,16 [Ω]);
R1 = PT100 [Ω];
Vs = tensão de alimentação (24 [V]);
Para obter uma amplitude na saída da ponte de Wheatstone
possível de medir sem a necessidade de um circuito amplificador, determinou-se
que o range esperado fosse de 0 a 5 V, para uma variação de temperatura de 0 a
300 ºC. Com isso, os valores de resistência encontrados foram de 100 Ω (já
arredondados para facilitar a construção do circuito).
Microcontrolador (ainda não definido). Em fase
de estudo e projeto para definição do melhor componente para a aplicação.
terça-feira, 10 de setembro de 2013
Definição e cálculo de componentes (Parte 2 de 3)
Capacitor 1,4mF. Este capacitor deve ser
usado para diminuir a amplitude da ondulação do sinal CC pulsante, seguindo a
seguinte equação:
Vr = Vmf / (f * RL * C)
Desta forma, para uma tensão de ondulação (ripple) de
0,5V (determinada pelo grupo como satisfatória para o circuito), tem-se que:
0,5 = 21,54/(120*260*C) – (considerando uma saída da
fonte de 24V e 0,1 A)
C = 1,38 mF
Uma vez que o grupo possuía alguns capacitores de 0,47
mF (50V), determinou-se utilizá-los em paralelo, obtendo uma capacitância de
1,41 mF e garantindo uma ondulação de aproximadamente 0,49 V.
Regulador de tensão 7824 e 7825. Ao invés de utilizar transistores e diodos zener, o grupo optou pela
utilização de reguladores de tensão para garantir um sinal limpo e estável,
tendo em vista que o estudo de transistores ainda está no começo, e que o bom
funcionamento do circuito está diretamente relacionado a alimentação estável.
Isto é, a variação de tensão da Ponte de Wheatstone deve ocorrer apenas se o
PT100 oscilar sua resistência (este assunto será melhor abordado no tópico de
escolha dos resistores da Ponte de Wheatstone).
Ambos reguladores necessitam de uma tensão de entrada
na ordem de 5 V maior que a tensão de saída para garantir uma tensão Vo
estável. Este foi mais um motivo para escolher o transformador 127/24, uma vez
que com ele é possível obter uma tensão de 30V aproximadamente após a filtragem
do capacitor.
O regulador 7824 será utilizado para alimentar a Ponte
de Wheatstone, enquanto o regulador 7805 será utilizado para alimentar o
microcontrolador.
Dissipadores e cooler. Estes itens têm como função dissipar o calor produzido pelos
reguladores de tensão, bem como manter todo o circuito em uma temperatura
estável. Isto porque um dos piores “inimigos” da eletrônica é o calor, fazendo
com que os componentes tenham seu funcionamento alterado na proporção da
variação da temperatura, ou até mesmo de forma desordenada.
Capacitores 1,5μF. Estes capacitores atuam em
conjunto com os reguladores de tensão, de forma a manter a tensão de saída
estável.
Chave liga/desliga. Utilizada
para permitir que os reguladores de tensão, Ponte de Wheatstone,
microcontrolador e display sejam energizados apenas no momento da medição, e
não no momento em que o circuito é alimentado na rede elétrica (127 VAC).
A chave também permite que o circuito esteja sempre
ligado na rede elétrica, aumentando a vida útil dos componentes mais sensíveis
do circuito. E uma vez que o circuito de retificação esteja sempre alimentado,
o sistema não precisa (exceto na primeira vez que é ligado à rede) de um tempo
de estabilização (diodos e capacitor).
Fusível (1A). Garante a proteção do
circuito caso alguma anormalidade ocorra. O valor de 1A foi definido pela
máxima tensão de saída e pelo valor da carga (RL).
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
Definição e cálculo de componentes (Parte 1 de 3)
Transformador. O transformador selecionado foi
baseado na tensão de rede mais comum disponível (127V), e também em uma
amplitude considerável na Ponte de Wheatstone, sem a necessidade de um circuito
amplificador na saída da ponte (24V – ver descrição Regulador de tensão 7824 e 7825).
Diodo 1N4003. A utilização do Retificador
de Onda completa (montagem dos diodos em ponte) tem a finalidade de transformar
o sinal alternado em contínuo pulsante. As vantagens deste retificador são: 2
diodos conduzindo a cada semiciclo; rendimento teórico de 63,6%; não necessita
de um transformador com center tap. O modelo 1N4003 foi adotado considerando os
cálculos de tensão reversa e corrente direta, mas também a disponibilidade do
diodo:
Vdc = 2*(V2p – 2*VD)/π
Vdc = 2*(35,21 – 2*0,7)/3,14
Vdc = 21,52 V
Idc = Vdc / RL
Idc = 21,52 / 24 (considerando uma saída da fonte de
24V e 1A)
Idc = 0,897 A
Portanto:
ID >= Idc
ID >= 0,9 A
VR >= V2p
VR >= 35 V
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
Referências Bibliográficas
A. B. L. Junior; P. U. Ávila. Termometria
Conceitos e aplicações. 1ª Edição. São Paulo, 2010: Editora Érica Ltda.
BAKER, H. Dean; RYDER, E. A.; BAKER, NH. Temperature Measurement in
Enginnering, Volume 2. John
Wiley & Sons, Inc. New York/London 1961
American
National Standard Institute. Temperature
Measurement Thermocouples ANSI-MC 96. Publicação de 1982.
International
Organization for Standardization. International
Standard ISO/IEC 1989:2002. Publicação 584-3 de
Junho de 1989.
IOPE
Instrumentos de Precisão Ltda.. Termopar Isolação Mineral. Disponível em <
http://www.iope.com.br/3ib4_termopar_isolac_mineral.htm >
EXACTA INDÚSTRIA E COMERCIO DE SENSORES LTDA. Catálogo técnico de termopares e
termorresistências. Disponível em < http://www.exacta.ind.br/ conteudo/upload/files/exacta_nv.pdf
>
A. P. MALVINO. Eletrônica. 4. ed. São
Paulo: Pearson Education do Brasil, 1997. 2 v. volume 1
C.
G. Francisco; M. A. M. MARINO. Laboratório de eletricidade e eletrônica:
teoria e prática. 24. ed. São Paulo: Érica, 2007.
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
Fonte de Alimentação
Para que a leitura do PT100 seja possível, através da
medição indireta pela Ponte de Wheatstone, ainda é necessário prover
alimentação para o circuito. E o valor V, lido na Ponte, só será linear em
função da resistência do PT100 se a fonte de tensão mantiver sempre o mesmo
valor.
Para obter uma faixa de leitura mensurável,
sem a necessidade de um amplificador operacional na saída da Ponte de Wheatstone,
e pensando em garantir um valor estável de alimentação de forma independente, utiliza-se
uma fonte de alimentação com retificador de onda completa. A rede elétrica (127
ou 220 VAC) é reduzida para um valor menor de tensão através de um transformador
(normalmente 12 ou 24 VAC); em seguida, uma ponte de diodo retifica o sinal
VAC, passando a se comportar como VDC pulsante. Um capacitor é instalado na
saída da ponte de diodo, filtrando o sinal. Entretanto, a saída ainda possui uma
oscilação (“ripple”) que pode influenciar na medição da resistência do PT100.
Desta forma, utilização um regulador de tensão, a partir de transistor e diodo
zener. Por fim, a saída da fonte terá um valor VDC linear.
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